Imagine um Brasil onde cada profissional não apenas cumpre normas, mas transforma vidas. Este é o poder da efetividade nos Conselhos de Fiscalização Profissional. Mas onde se dá este impacto? Para identificar onde esta transformação ocorre, a resposta está na cadeia de valor – uma representação que conecta macroprocessos a resultados concretos, revelando o verdadeiro valor entregue à sociedade.
Na administração pública, os indicadores são nossa bússola. Temos os “6 Es”: Economicidade, Execução, Excelência, Eficiência, Eficácia e Efetividade. Cada um conta uma parte da história, mas três se destacam como protagonistas nesta narrativa de transformação: os indicadores de Resultado – Eficiência, Eficácia e Efetividade.
Simplificando, a Eficiência nos mostra o caminho otimizado, fazendo mais com menos. A Eficácia nos diz se atingimos nossas metas. Mas é a Efetividade que revela o cerne da questão: que diferença real estamos fazendo para a sociedade? É aqui que os Conselhos de Fiscalização Profissional devem focar, indo além do cumprimento de metas para impactar a vida dos cidadãos.
Falemos de Eficácia, o coração pulsante dos Conselhos. Normatizar é criar regras empilhadas em resoluções diversas? Orientar transforma-se em capacitar profissionais para desafios desconectados da realidade? Fiscalizar seria apenas verificar se a papelada está em dia? Registrar é apenas repassar o número de registro? Julgar se distancia da justiça e da ética profissional? Nada disso! Sabemos que os Conselhos Profissionais têm uma proposta de atuação diferente: não apenas definir e aplicar normas, mas o compromisso de uma prestação de serviços compromissada com os resultados.
Continuando, a Eficácia, em particular, ganha novos contornos no mundo digital. Normatizar torna-se um processo ágil e colaborativo, aproveitando plataformas online para consulta e diálogo público. Orientar evolui para um sistema de educação continuada digital, acessível 24/7, com lives e uso intensivo de redes sociais. Fiscalizar se transforma com o uso de big data e inteligência artificial, permitindo ações preventivas, inteligentes, com processo dinâmico e integrado de ponta a ponta. Registrar se torna um processo rápido, tecnológico e com análise documental automatizada, garantindo segurança e transparência. Julgar ganha em celeridade e precisão com o auxílio de sistemas de apoio à decisão. Cada uma destas atividades finalísticas, potencializadas pela tecnologia, contribui para uma atuação mais eficaz dos Conselhos. Isto mesmo, eu disse eficaz, mas não efetivo.
É na Efetividade que reside o verdadeiro ouro. Que impacto a organização pública pretende provocar? Imaginemos engenheiros criando obras mais seguras, reduzindo acidentes. Visualizemos médicos elevando os padrões de saúde pública. Pensemos em contadores impulsionando a competitividade das empresas brasileiras. Estes são os objetivos que os indicadores de efetividade buscam capturar e realizar.
O desafio agora é claro: transformar números em situações reais de progresso. Quando um Conselho celebra não apenas o número de fiscalizações, mas a queda nos índices de má prática profissional, estamos diante da efetividade em ação. Quando vemos o conhecimento técnico nacional crescer, refletindo-se em inovação e qualidade de vida, testemunhamos o verdadeiro propósito dos Conselhos se materializando. Esta é a nova fronteira: medir e amplificar o impacto real na sociedade brasileira, fazendo de cada profissional um agente de transformação.
Conselhos que adotam soluções inteligentes não apenas aprimoram seus processos internos, mas ganham capacidade de impactar diretamente a sociedade. Este é o novo horizonte que a tecnologia proporciona aos Conselhos de Fiscalização Profissional: um modelo de atuação ágil, transparente e, acima de tudo, efetivo.